Quem é a Cristina Rola?
Uma pessoa curiosa, sempre disposta a aprender e apaixonada por viagens, pessoas, culturas e marcas.
Como caracteriza o seu percurso profissional?
Um percurso que teve início pela paixão pela comunicação. Maioritariamente ligado à Indústria automóvel e ambiente multinacional, que foi e é um percurso marcado pela aprendizagem contínua e pelo desafio de contribuir para o negócio, através da comunicação.
O que sente que a diferencia?
O facto de tentar sempre ver “o copo meio cheio” e tentar retirar um ensinamento de todas as experiências, mesmo as menos positivas.
Que desafios tem como líder?
Considero que um dos principais papeis de qualquer líder é o de influenciar positivamente o ambiente e as pessoas à sua volta. E como acredito que só em equipa conseguimos alcançar os objetivos da organização, o meu principal desafio, e aquele que considero mais importante, é, e continuará a ser, a gestão de pessoas.
Mesmo nos anos em que os desafios do mundo exterior nos põem à prova, testando a nossa capacidade de adaptação, inovação e resiliência, acredito que é na gestão das pessoas que deve estar o nosso foco. Gestão essa que passa, na minha opinião e antes de tudo, por relações de respeito. Respeito e valorização das diferenças de cada um, pois é dessas diferenças que nascem projetos, ideias e até mesmo resolução de problemas realmente disruptivas e inovadoras. Segue-se ao respeito a comunicação, no seu verdadeiro sentido. Uma comunicação bidirecional e que passa por falar, mas, acima de tudo, por escutar.
Que outras dimensões inclui esse desafio?
A dimensão pessoal, por tentar ser melhor a cada dia. Querer aprimorar soft skills essenciais e corrigir erros cometidos, de acordo com o feedback direto e indireto da equipa.
Que mensagem pretende passar à sua equipa?
Simples: podem contar comigo!
Como caracteriza o mercado português, comparativamente com outros mercados da área?
Neste momento os desafios pelos quais a Indústria Automóvel está a passar são transversais, a nível mundial. Atualmente, vivemos momentos em que as curvas da oferta e da procura estão a fugir a qualquer norma conhecida e o mercado português não é uma exceção.

As mulheres ocupam cada vez mais posições de relevo. Isso deve-se a quê?
Infelizmente esta continua a ser uma questão colocada. Quando o assunto é mulheres em posições de relevo, temos tendência a remeter diretamente para o tema da igualdade entre géneros. É um fato que a desigualdade em cargos de topo era uma regra num passado não muito distante – situação que ainda se manifesta nalgumas realidades empresariais. No entanto, são cada vez mais as empresas que já superaram o preconceito de que há posições de homens e posições de mulheres, até mesmo em Indústrias onde os homens continuam em maioria numérica, como é o caso da Indústria Automóvel.
Para mim, uma coisa é certa, as mulheres sempre foram determinadas, focadas, competentes e sempre estiveram preparadas para lidar com a competitividade empresarial. A diferença é que hoje é já notório o espaço que elas próprias conquistaram nas empresas para poderem ser elas próprias e disputarem com equidade as oportunidades de crescimento no mundo corporativo.
O que mais valorizou e retirou de cada uma das etapas da sua carreira?
Tudo o que aprendi, a forma como fui tratada e a forma como me deixaram crescer.
Quais são as suas fontes de auto motivação e inspiração?
As minhas viagens e a minha família.
Como faz para se manter atualizada?
Acompanho os principais títulos nacionais e internacionais diariamente e tento, sempre que possível, atualizar e expandir os meus conhecimentos técnicos em formações especializadas e/ou workshops.
Qual a sua meta pessoal?
Sentir-me plenamente realizada no campo profissional e pessoal.
Projetos futuros?
Dar continuidade ao excelente caminho percorrido pela marca SEAT, em Portugal, e apoiar a marca CUPRA no início da sua viagem, com o objetivo de vingar no mercado nacional.
De que valor humano não abdica?
Verdade.
Algo que a marcou?
Aos 22 anos de idade, quando comecei a trabalhar, as palavras de incentivo e confiança por parte do CEO daquele que foi o meu primeiro cliente em agência. Palavras que, em momentos mais difíceis, voltou ao meu pensamento de forma instantânea.
Um desejo. Uma ambição?
Ser e fazer melhor a cada dia.
Um livro…
O principezinho – Antoine de Saint-Exupéry
Uma música…
Todas as de BRANKO.