Numa altura em que mais de um terço do País se encontra em situação de seca extrema, a Raiz Vertical Farm traz uma solução de agricultura urbana sustentável, que utiliza 90% menos água e 95% menos terra, e que pode ajudar a mitigar a escassez na produção agrícola a nível local. Desta forma, a start-up procura novos espaços e parceiros para poder continuar a empoderar comunidades locais com verdes mais frescos, saudáveis e sustentáveis.
Lançada em agosto de 2021, a Raiz Vertical Farm veio trazer uma abordagem ainda pouco explorada em Portugal para uma agricultura mais sustentável e de maior proximidade das comunidades, a agricultura vertical. Com o objetivo de aliar a produção sustentável ao reaproveitamento de espaços urbanos abandonados, a Raiz procura novos espaços e parceiros para que se possam multiplicar estas hortas pela Grande Lisboa.
No portal do Instituto Português do Mar e da Atmosfera*, um mapa de Portugal ilustra mais de um terço do território nacional em situações de seca severa ou extrema (34,4%), estando apenas 3,1% em níveis considerados normais. Como consequência, a produção agrícola diminui e, segundo o Eurostat, o preço médio de um cabaz agrícola subiu 17% na Europa no início de 2023, e 33% em Portugal e Espanha, por serem os países mais afetados pela seca.
“A primeira parte do nosso projeto está concluída. Durante um ano de funcionamento, a nossa horta vertical do Beato tornou-se fornecedora de cinco restaurantes e de vários particulares, provando que um só contentor consegue produzir legumes e vegetais frescos em grande quantidade e com muita qualidade. O nosso próximo passo é a expansão e levar este conceito aos vários bairros da Grande Lisboa, a empresas, escolas, etc., basta uma parede livre para se fazer uma pequena horta e começar a fazer a diferença, ajudando a tornar Lisboa numa cidade mais sustentável”, diz Emiliano Gutierrez, CEO da Raiz.
Uma horta vertical traz vários benefícios, não só pela economização de recursos (utilizando até 90% menos de água, 95% menos de terra, 50% menos fertilizantes e nenhum pesticida, uma vez que está muito mais protegida de pragas) e de espaço, como por ser altamente sustentável, podendo os alimentos ser cultivados à medida dos consumidores, reduzindo o desperdício alimentar e pela proximidade, reduzindo também a pegada ecológica do transporte de alimentos de fora da cidade. Emiliano refere: “É um elemento empoderador da comunidade/equipa envolvida, pois não só é uma ferramenta educacional, como também ajuda a criar laços entre as pessoas e é de fácil adaptação ao espaço disponível, tornando-o um modelo prático e de fácil instalação e manutenção.”
Na horta vertical do Beato, operada pela marca, pode-se encontrar uma seleção de ervas aromáticas e vegetais tão variadas como o manjericão, a salsa, hortelã, mostarda, tomate, pepino ou beringela, fornecendo cinco restaurantes lisboetas com produtos frescos e vários particulares, através do seu parceiro de entrega, a Yoob, tudo isto ocupando apenas o espaço equivalente a dois contentores marítimos, que é o suficiente para produzir 9600 plantas por ano.
Uma horta vertical pode ser aplicada em vários locais e contextos, seja num bairro ou numa empresa, em ambiente comunitário ou privado, com soluções feitas à medida e tecnologia de última geração, que permitirá maximizar a produção de alimentos num espaço reduzido. A Raiz tem várias soluções, adaptadas aos diferentes tipos de espaço, desde paredes e pequenos espaços interiores a grandes áreas exteriores. As soluções e os serviços da Raíz podem ser consultados no website www.raiz.farm.
*https://www.ipma.pt/pt/oclima/observatorio.secas/
**https://ec.europa.eu/eurostat/web/products-eurostat-news/w/ddn-20230626-2