O parto é o acontecimento mais emocionante e desafiante na vida de todas as mães, e não termina após o nascimento do bebé. Para muitas mães a recuperação pós-parto é mais difícil do que o parto em si. Por norma, existe acompanhamento sobre a recuperação física, mas as alterações hormonais que a mulher enfrenta podem afetar significativamente a recuperação mental e emocional. Para assinalar o Dia da Mãe, a INTIMINA, marca que oferece a primeira gama de produtos dedicados ao cuidado da saúde íntima feminina, realizou um estudo sobre o impacto emocional do pós-parto.
Para muitas novas mães a recuperação pós-parto é mais difícil do que o parto em si. Durante a gravidez os níveis hormonais estão altos e, após o parto, baixam subitamente, provocando alterações de humor. Devido à queda súbita das hormonas e à adaptação ao ritmo e necessidades do bebé, o primeiro mês após o parto é crítico, com um risco elevado de se desenvolver depressão. O estudo da INTIMINA revela que, após o parto, 54% das mulheres sentiu ansiedade e 49% depressão. Ainda que 54% das mulheres revele que conversa sobre o assunto com o parceiro, 2 em cada 10 mulheres admite não expor o seu estado emocional a ninguém.
Nestes casos é importante falar com um médico para que o estado psicológico seja avaliado e a mulher possa ter o acompanhamento adequado. Das 40% das mulheres que revelou ter procurado ajuda de profissional médico, metade foram diagnosticadas com depressão pós-parto, 34% com baby blues e 7% com psicose pós-parto.
Qual é a diferença entre baby blues e a depressão pós-parto?
A depressão pós-parto é frequentemente confundida com o baby blues. Baby blues, ou melancolia pós-parto, refere-se a uma queda súbita das hormonas, principalmente do estrogénio, e que se revela em alterações de humor e ansiedade. Esta condição começa 1 a 3 dias após o parto e pode durar algumas semanas. Normalmente, o baby blues desaparece por si só, não requerendo qualquer terapêutica. No entanto, até 20% dos casos pode evoluir para depressão pós-parto. Por isso, é crucial que as mulheres falem abertamente sobre os seus sentimentos durante este período e que saibam quando é necessária ajuda profissional.
Tal como o baby blues, a depressão pós-parto é causada por alterações hormonais e ocorre até seis semanas após o parto. No entanto, trata-se de uma doença mais grave que requer acompanhamento médico. Cerca de uma em cada sete mulheres desenvolve depressão pós-parto e este número pode ser maior dado que há mulheres que ainda não se sentem à vontade para falar sobre o seu estado emocional no pós-parto, consequentemente, não obtêm aconselhamento médico. Os sintomas da depressão pós-parto incluem mau humor, apatia, insónias, sentimentos de culpa e ansiedade, entre outros. O tratamento da depressão pós-parto deve ser prescrito por um médico e consiste numa combinação entre psicoterapia e medicação antidepressiva.
O estudo revelou ainda que a maior parte das mulheres entrevistadas tiveram o seu primeiro filho entre os 20 e os 30 anos.
A escolha da altura certa para ter filhos, a gravidez com todas as alterações hormonais e corporais e a recuperação pós-parto são momentos muito desafiantes para todas as mulheres. A vida é cada vez mais imprevisível, pelo que é possível que nunca se esteja totalmente preparada para a gravidez e maternidade. É fundamental falar abertamente sobre todos estes assuntos, partilhar experiências, identificar e aceitar fragilidades procurando, assim, detetar sintomas de ansiedade, baby blues ou depressão e procurar ajuda. Falar com outras mulheres que passam, ou passaram, pelas mesmas experiências pode ser bastante útil e libertador. Acima de tudo, deve-se sempre falar com um médico, que é quem identificará melhor os sintomas e poderá aconselhar da melhor maneira.