O trabalho extra já não é apenas uma fonte de rendimento adicional. De acordo com a Adecco Portugal, a crescente procura por projetos em regime freelance ou no âmbito da gig economy está a transformar-se numa alavanca para o crescimento profissional, cada vez mais valorizada por empresas e trabalhadores.
Num mercado marcado pela inovação constante e pela necessidade de aprendizagem contínua, muitos profissionais procuram experiências paralelas que lhes permitam reforçar competências, enriquecer o portefólio e ganhar visibilidade. A escolha de um trabalho complementar deixa de ser apenas uma decisão financeira e assume um papel estratégico na progressão de carreira.
“O trabalho extra só faz sentido quando é uma extensão intencional da carreira, não um escape. Quando bem orientado, pode ser uma ferramenta poderosa para acelerar o desenvolvimento profissional e criar diferenciação no mercado,” afirma Lúcia Pereira, Diretora de Marketing da Adecco Portugal.
A análise da Adecco identifica três benefícios principais nesta abordagem:
- Desenvolvimento de competências complementares – Escolher atividades que reforcem ou expandam o conjunto de competências da função principal permite ao profissional aumentar a sua proposta de valor. Por exemplo, um colaborador na área de marketing que assume um projeto freelance de redes sociais estará a consolidar know-how com impacto direto na sua evolução profissional.
- Construção de portefólio e reputação digital – Projetos bem-sucedidos podem ser incluídos no CV, no LinkedIn ou em entrevistas, funcionando como prova de autonomia, competência técnica e capacidade de entrega. Além disso, permitem construir uma marca pessoal mais sólida e atrativa.
- Acesso a novas oportunidades – Para além do rendimento imediato, estes projetos abrem portas a novos contactos, setores e até transições de carreira. São uma via privilegiada para alargar o networking e ganhar flexibilidade.
Neste contexto, este fenómeno acompanha a evolução global do trabalho. Na Europa, a gig economy continua a crescer, impulsionada pela digitalização, pelo trabalho remoto e pela procura de maior liberdade por parte dos profissionais. Em Portugal, plataformas de trabalho independente têm registado uma adesão crescente, especialmente em áreas como tecnologia, design, marketing e análise de dados.
Segundo o Guia Salarial Adecco 2025, as empresas valorizam cada vez mais candidatos com experiências diversificadas e competências transferíveis, capazes de se adaptar a diferentes contextos e desafios.
“O futuro do trabalho será cada vez mais híbrido — não apenas nos modelos de trabalho, mas também nas trajetórias profissionais. Saber tirar partido de projetos paralelos é uma forma inteligente de evoluir, sem comprometer a estabilidade da função principal,” reforça Lúcia Pereira, Diretora de Marketing da Adecco Portugal.
Para quem quer começar, a Adecco recomenda:
- Escolher projetos alinhados com os objetivos profissionais;
- Utilizar plataformas digitais seguras e credíveis;
- Estabelecer limites claros para garantir o equilíbrio pessoal e profissional;
- Registar aprendizagens e resultados para reforçar o posicionamento de carreira.
Com esta abordagem, o trabalho extra deixa de ser apenas um complemento financeiro e passa a ser uma ferramenta de evolução pessoal e profissional. Num mercado cada vez mais competitivo, é quem investe de forma estratégica no seu crescimento que se destaca, lidera e cria novas oportunidades.
