A Inteligência Artificial (IA) generativa, a computação quântica e a tecnologia climática são três prioridades na topo da lista dos executivos das empresas em 2024 e, ainda que cada uma exija competências distintas únicas, estas devem ser complementares, adianta a nova análise da Bain & Company dedicada à disrupção digital, Taking a Globally Orchestrated Approach to Digital Disruption.
“Os executivos navegam num cenário cada vez mais complexo e de disrupção contínua em todos as indústrias. Estas disrupções, que incluem avanços tecnológicos, alterações nas exigências do mercado, desafios ambientais e instabilidade geopolítica, estão interligadas e amplificam-se mutuamente, criando novas situações em que só a mudança pode ultrapassar a capacidade de adaptação”, adianta Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company.
Os líderes têm um papel decisivo na adaptação e na resposta das suas empresas a estas disrupções, identificando pontos fracos e fortes, separando modas de tendências e vertendo os insights num conjunto significativo e proativo de prioridades para enquadrar e impulsionar os seus objetivos estratégicos. Graças ao trabalho do Venture Ecosystem da Bain & Company junto de líderes em inovação empresarial, venture capitalists e start-ups, a consultora concluiu que há três “meteoritos” no topo das prioridades em 2024, que estão a moldar a estratégia empresarial em todos as indústrias: IA generativa, computação quântica e tecnologia climática.
Por exemplo, desde que se vulgarizou no final de 2022, a IA generativa tem estado no topo das agendas da maioria das empresas. Segundo uma pesquisa recente da consultora estratégica, quase 90% das empresas já utilizam a IA de alguma forma e quase a mesma proporção considera-a uma das 5 prioridades mais prementes atualmente. Além da experimentação e do entusiasmo, revelam os inquéritos da Bain & Company, os gestores estão dispostos a adaptar-se a estas disrupções e ansiosos por implementarem a IA generativa e criarem um valor real.
Orquestração global das transformações disruptivas
Os gestores das empresas tendem a ver estas transformações através das suas lentes funcionais: um COO avalia o seu impacto operacional, um CFO as implicações em termos de receitas e custos e um CIO considera a arquitetura e a infraestrutura tecnológicas necessárias. Porém, as evoluções bem-sucedidas requerem a existência de um decisor no centro das operações, mas com a capacidade para orquestrar esta adaptação e redefinir as prioridades em função das ambições estratégicas da empresa. Em algumas organizações, este orquestrador é o diretor digital da empresa, mas pode também ser um executivo sénior com um mandato claro para unir os pontos.
O alinhamento com os líderes empresariais é fundamental para garantir que as transformações suportam as ambições estratégicas. Mas há uma área que costuma ficar esquecida e que é essencial: os Recursos Humanos. Afinal, a adoção em escala de novas tecnologias exige uma diversidade cada vez maior de competências e talento.
Ao abraçarem estas tarefas, os executivos devem considerar três vagas de atividade sobrepostas: (i) uma agenda de desenvolvimento, (ii) uma agenda de entrega com testes e alterações e (iii) uma orquestração global, que reúne todas estas iniciativas para abordar as oportunidades inerentes à disrupção e considera o ecossistema mais amplo.
A maioria dos executivos entende que a disrupção digital é um imperativo e uma oportunidade em igual medida. Os implementadores sentem o fardo do imperativo, trabalhando para compreender e integrar as novas tecnologias nas operações comerciais atuais e futuras. Porém, a efetiva diferenciação competitiva depende do talento e dos esforços do orquestrador global. Só assim a empresa compreende que o todo é maior do que a soma das partes.
Análise completa aqui: https://www.bain.com/insights/taking-globally-orchestrated-approach-to-digital-disruption/.