As seguradoras que se destacam na tecnologia conseguem aumentar os seus prémios, reduzir os rácios das suas despesas e reforçar a fidelização dos seus clientes, adianta o Insurers Can Parlay Technology into a Competitive Edge. Apesar disso, destaca o novo relatório da Bain & Company, apenas entre 5% e 10% das empresas afirmam obter benefícios constantes dos seus investimentos em dados e tecnologia.
Nesta linha, o novo estudo Bain & Company revela que as companhias de seguros de danos patrimoniais que recolhem e analisam minuciosamente grandes volumes de dados, utilizam software mais moderno, têm uma forte presença na nuvem e gerem adequadamente as suas despesas em tecnologias de informação (TI) conseguem experimentar até 3 pontos percentuais (p.p.) adicionais no crescimento dos seus prémios, reduzir o rácio das suas despesas até 5 p.p. e aumentar o seu Net Promoter ScoreSM em 8 p.p. face aos seus concorrentes.
As seguradoras devem atualizar a sua tecnologia para gerir eficazmente a informação, aproveitar as novas oportunidades e enfrentar os riscos potenciais, como eventos climáticos extremos e ataques cibernéticos. Contudo, tendo em conta que apenas entre 5% e 10% das empresas afirmam obter benefícios constantes desses investimentos em dados e tecnologia, isso conduz, desde logo, ao desafio de ter ou desenvolver a infraestrutura certa para processar os novos tipos de dados e utilizar essa informação para tomar decisões eficazes.
Como exemplica Francisco Montenegro, sócio da Bain & Company, “Os clientes podem, hoje, comunicar acidentes de viação acidente enviando para o efeito fotografias do mesmo. No entanto, estas imagens só serão úteis se a seguradora tiver um bom sistema de inteligência artificial capaz de processá-las e integrá-las eficazmente nos respetivos sistemas de processamento de sinistros e de atendimento ao cliente”.
Isto vai permitir às empresas oferecer serviços mais completos no que toca à prevenção e mitigação de riscos, além da tradicional indemnização por danos. Para o conseguir, acrescenta a consultora estratégica, as empresas devem adotar novas plataformas e software, bem como uma infraestrutura flexível capaz de gerir diversos tipos de dados e de se adaptar à estratégia de mercado e à apetência pelo risco, conforme necessário.
O relatório da Bain & Company destaca, entre outros casos de sucesso, o da Allstate, que conseguiu aumentar os seus prémios e reduzir as suas despesas através da modernização dos seus sistemas centrais, como o processamento de sinistros, melhorando assim a experiência do cliente. Entre 2020 e 2022, a empresa incrementou os prémios em 5 p.p. e reduziu o rácio de despesas em 4 p.p. face aos demais concorrentes.
No futuro, prevê a consultora, as seguradoras que não se modernizarem, inovarem e simplificarem continuamente os seus sistemas tecnológicos correm o risco de se tornarem não só ineficientes, como também irrelevantes.
Análise completa aqui: https://www.bain.com/insights/insurers-can-parlay-technology-into-a-competitive-edge/.