Num mundo onde a transformação digital está a acelerar, as empresas têm enfrentado ameaças cibernéticas cada vez mais numerosas e sofisticadas. Só no último ano, segundo o Observatório de Cibersegurança, foram registados 2512 crimes no ciberespaço, um aumento de 13% face a 2022. Neste contexto, e no âmbito do Mês Europeu da Cibersegurança, a ERA Group, consultora especializada em otimização de processos e de custos, revela quatro estratégias para garantir empresas mais resilientes na era digital.
João Costa, country manager da ERA Group, afirma que “A importância da cibersegurança tem crescido a par do avanço tecnológico, tornando-se indispensável para a integridade dos negócios na atualidade. Se os ataques cibernéticos são um dos dez maiores riscos para a próxima década, como destaca a World Economic Forum, então a segurança online deve ser encarada como um pilar estratégico para a sustentabilidade empresarial. Outubro deve ser o mote para refletir sobre como a responsabilidade de criar um ambiente seguro no mundo digital deve ir além do departamento informático de uma empresa – é crucial estabelecer um compromisso claro que se estenda a todos os colaboradores”.
1 | Investir em ferramentas de segurança avançada: Tecnologias que envolvam firewalls, criptografia e softwares de proteção contra malwares, embora necessitem de um investimento financeiro maior, podem ser fundamentais para salvaguardar a resiliência da empresa. Encarar estas ferramentas como parte integrante da gestão de risco, e não apenas como um custo, possibilita uma defesa fortalecida do negócio contra ataques cibernéticos. Em simultâneo, a integração de práticas de Inteligência Artificial e Machine Learning permite identificar padrões de ataque em tempo real, oferecendo uma resposta mais rápida e eficaz a ameaças emergentes.
2 | Implementar medidas preventivas de cibersegurança: Para mitigar riscos cibernéticos, é crucial garantir que toda a organização adote práticas de segurança digital eficazes. A atualização regular de softwares, a autenticação multifator e a realização de cópias de segurança com frequência são práticas fundamentais que podem reduzir significativamente a exposição a ameaças. Para maximizar a eficácia, estas práticas devem ser incentivadas e aplicadas consistentemente em toda a organização.
3 | Reconhecer e denunciar ataques de phishing: O phishing é dos ataques mais comuns, tendo representado 35% do total de crimes cibernéticos que ocorreram em Portugal em 2023. Por este motivo, é necessário que as empresas reforcem práticas seguras, tais como verificar sempre os e-mails, mensagens ou sites suspeitos que solicitem informações pessoais ou credenciais de login, e confirmar sempre o remetente e a URL antes de clicar no link ou fornecer informações. Este cuidado redobrado pode reduzir significativamente o risco de um ataque, protegendo os dados e sistemas das empresas.
4 | Desenvolver uma cultura de segurança e formação contínua: Para garantir que todos os colaboradores sabem como proceder perante ameaças cibernéticas, é fundamental apostar na capacitação. Workshops e formações periódicas são ferramentas eficazes para promover uma maior literacia digital na empresa e um ambiente seguro, transversal a todo o negócio. Desta forma, cada colaborador passa a ser um agente ativo na mitigação de riscos e ameaças cibernéticas, adotando comportamentos digitais mais seguros e contribuindo para a resiliência e sustentabilidade do negócio.