A Mercedes‑Benz irá introduzir a próxima geração do DRIVE PILOT para a condução condicionalmente automatizada (SAE‑Nível 3[1]) na Alemanha. Esta nova versão pode agora seguir um veículo em vias rápidas e autoestradas até uma velocidade de 95 km/h, o que representa um benefício significativamente maior para o cliente. A necessária recertificação pela Autoridade Federal Alemã de Transportes Motorizados está prevista para o final de 2024, após a qual as vendas poderão começar no início de 2025. O preço do DRIVE PILOT será igual ao da versão anterior (a partir de 5.950 euros, incluindo IVA). Os veículos dos clientes que já estão equipados com o DRIVE PILOT podem ser atualizados gratuitamente. Dependendo do modelo, esta atualização pode ser realizada através de uma ligação sem fios (atualização Over-The-Air) ou através de uma visita à oficina. Não é necessário substituir qualquer componente do veículo. O DRIVE PILOT será assim o sistema de Nível 3 mais rápido do mundo num veículo de produção em série.
Maior benefício do cliente
A maior velocidade do DRIVE PILOT oferece significativamente mais casos de utilização para os clientes. O DRIVE PILOT pode ser utilizado em condições de trânsito fluido na faixa da direita de uma via rápida ou autoestrada, enquanto segue o veículo da frente. A opção anteriormente disponível de utilizar o sistema em condições de trânsito intenso e de congestionamentos em vias rápidas adequadas mantém-se. Durante a condução condicionalmente automatizada, a tarefa de condução pode ser transferida para o sistema, permitindo aos clientes utilizar o seu tempo de forma mais eficiente. Podem optar por realizar determinadas atividades secundárias, como trabalhar, navegar na Internet, ver televisão ou mesmo transmitir um filme através de serviços como o RIDEVU da Sony Pictures Entertainment[2]. Esta mais recente adição ao portfólio de aplicações da Mercedes‑Benz está agora disponível para os clientes de determinados modelos em mercados selecionados.
A arquitetura de sistema redundante proporciona segurança
A Mercedes‑Benz conta com a arquitetura de sistema redundante para o DRIVE PILOT. Isto significa que os sistemas vitais, como a direção, o sistema de travagem e o sistema elétrico de bordo, são funcionalmente redundantes para garantir a manobrabilidade no caso raro de um destes sistemas avariar. Estes sistemas redundantes ajudam a garantir uma transferência segura da tarefa de condução para o condutor. Câmaras, radares, sensores ultrassónicos e um sensor LiDAR são utilizados para perceber o ambiente da zona envolvente do veículo e processar a bordo em tempo real. Graças a um sistema de posicionamento de alta precisão, um Mercedes‑Benz equipado com o DRIVE PILOT pode determinar a sua localização exata com uma precisão de poucos centímetros. A localização é efetuada pelo veículo solicitando a posição a todos os sistemas de satélite disponíveis. O DRIVE PILOT calcula a posição do veículo com base nos dados recebidos dos diferentes sistemas de satélite. Além disso, um mapa de alta-definição extremamente pormenorizado e continuamente atualizado fornece uma visão tridimensional das ruas e da zona envolvente. Todos estes elementos são importantes para uma condução condicionalmente automatizada segura.
Próximas etapas na condução condicionalmente automatizada
O desenvolvimento na Mercedes‑Benz está a progredir a um ritmo acelerado para permitir velocidades ainda superiores e tempos de transferência mais longos no futuro. Na Alemanha, a velocidade máxima permitida para a condução condicionalmente automatizada é atualmente de 130 km/h. A Mercedes‑Benz pretende atingir este marco até ao final da década, seguindo uma abordagem faseada e focada na segurança.
As atividades de investigação e desenvolvimento também têm em consideração os aspetos sociais e éticos. Por exemplo, a Mercedes‑Benz já desenvolveu luzes de presença especiais de cor turquesa para a condução condicionalmente automatizada (com base na recomendação SAE J3134) que indicam o estado de funcionamento do DRIVE PILOT. A empresa considera importante sinalizar aos outros utentes da via que a função de condução condicionalmente automatizada está ativada. Os estados norte-americanos do Nevada e da Califórnia já aprovaram a utilização desta tecnologia. Os testes estão a decorrer e os primeiros resultados parecem, como previsto, muito promissores. As luzes de presença de cor turquesa estão integradas nos faróis dianteiros e nos farolins traseiros, bem como nos dois espelhos retrovisores exteriores dos veículos de teste da Mercedes‑Benz. Na Alemanha, não existe um enquadramento legal para esta tecnologia. A Mercedes‑Benz planeia adaptar a arquitetura do sistema DRIVE PILOT de acordo com as normas estipuladas à medida que estas evoluem.
[1] A norma SAE Nível 3: a função de condução autónoma assume certas tarefas de condução. Contudo, ainda continua a necessitar de um condutor.
[2] As atividades secundárias do condutor que são legalmente permitidas dependem dos respetivos regulamentos nacionais ou do código de estrada do estado em questão.