Numa altura em que os registos de matrículas de veículos novos ainda registam quebras face aos anos áureos do mercado automóvel, há uma alternativa, tem vindo a registar um crescimento significativo, fruto de um cada vez maior número de aderentes: o Renting. O número de contratos associados a este novo tipo de utilização de veículos tem vindo a aumentar, na Europa em geral e em Portugal em particular, apresentando-se como uma alternativa válida à situação ainda turbulenta que a indústria automóvel ainda atravessa a nível mundial.
“A mudança na mentalidade da sociedade, nomeadamente entre os consumidores, bem como a necessidade de encontrar uma alternativa válida à compra, tem muito a ver com este ‘boom’. Comprar uma viatura já não é visto como um investimento, num produto que desvaloriza no preciso momento que sai do stand do concessionário”, explica Anderson Miranda, Country Manager Portugal. “Registam-se, também, incertezas sobre o tipo de viatura a comprar. As empresas fazem uma grande aposta em viaturas elétricas, mas a realidade é que a infraestrutura nacional de carregamento ainda é por demais reduzida face ao crescimento do número de veículos elétricos e eletrificados em circulação, levando a que os utilizadores se mostrem relutantes em investir um montante significativo na compra de uma viatura com estas características. O mesmo se passa com os empresários em nome individual ou mesmo os clientes particulares, que contam com orçamentos bem mais reduzidos”.
Entre este cocktail de incertezas e a tal mudança de mentalidade, o conceito vencedor do Renting traduz-se numa opção que disponibiliza uma solução para estes dois grandes problemas: a viatura é alugada, não é comprada, e poderá ser trocada por outra com tecnologias que melhor se adaptem às crescentes necessidades de mobilidade, constantemente em mudança.
“Ao traçarmos um horizonte para o chamado ‘Renting do Futuro’, podemos ver como este conceito se irá concentrar na flexibilidade, na digitalização e na criação de novas ofertas e soluções que se adaptem a novas formas de mobilidade e ao contexto social das diferentes épocas”, acrescenta Arturo Álvarez Podhorecka, CEO & Co-Fundador de Renting Finders.
Flexibilidade, digitalização e novas soluções
A característica da flexibilidade é o que torna esta solução de aluguer a que regista um maior crescimento. Os utilizadores querem poder usufruir de um veículo com as mais recentes tecnologias, mas sem as restrições inerentes a um contrato de compra. Na verdade, esta modalidade está a ganhar cada vez mais seguidores em comparação com o renting convencional.
Mas esse “Renting do Futuro” também irá assentar na digitalização, pilar que irá apoiar essa mobilidade do futuro. Vivemos em plena era digital, numa sociedade que já adquiriu hábitos de vida e de consumo online, algo a que o sector do renting não é alheio. No ambiente digital, o utilizador pode navegar através de um número infinito de ofertas, comparar, estudar diferentes modelos, descobrir características ou preços, entre outras, tudo isto sem assumir compromissos.
Este ambiente também encerra um crescendo em termos de tecnologia de ponta, permitindo ao interessado conhecer e explorar, com enorme detalhe, o interior e a tecnologia de uma viatura e até experimentar a condução da viatura num determinado contexto graças à realidade virtual.
Outro ponto-chave da digitalização é a realidade do imediato. Com um normal dispositivo móvel, um utilizador pode aceder a uma oferta de renting a partir de qualquer parte do mundo, à distância de um clique. A maioria das empresas nascidas nessa era digital captaram, praticamente, 100% dos seus clientes em ambiente online, através de processos simples e rápidos para os utilizadores. Tal foi, em parte, possível graças a um ferramenta de scoring bancário, que permite aprovar operações de renting em poucos segundos, após uma análise automática e confidencial da conta bancária do cliente. Esta forma de fechar contratos terá, sem dúvida, um peso muito maior no “Renting do Futuro”, pois combina duas características que o público busca: rapidez e simplicidade.
No que diz respeito às novas ofertas, elas irão variar, adaptando-se ao contexto dos tempos. Por exemplo, uma opção atualmente a ganhar muito terreno e que assim continuará nos próximos anos é o renting de viaturas em segunda mão. Trata-se de uma fórmula muito eficaz para o utilizador, um automóvel com todas as garantias e equipamento mais recente por um preço mais acessível e com uma disponibilidade mais imediata, face à de muitos automóveis novos.
Renting cresceu 7% em 2022 em Portugal
No que se refere a Portugal e ao exercício comercial de 2022, de acordo com a análise da ALF – Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting, o Renting automóvel registou um crescimento de 7% em volume de viaturas novas contratadas, face ao ano anterior – um total de 26.249 viaturas ligeiras, das quais 22.081 de passageiros e 4.168 comerciais – representando um volume de negócios na ordem dos 667 milhões de euros, ou seja, 16,5% superior ao de 2021.
Segundo esta entidade, a frota em circulação de Renting representava, no final de dezembro de 2022, uma valorização de 2.100 milhões de euros, referente a mais de 126.000 viaturas contratadas, os valores mais altos de sempre desde que há registo estatístico.
“Em suma, fruto das excelentes condições e vantagens que oferece face às demais soluções, o renting automóvel continuará, assim, a crescer, assente na flexibilidade, a sua génese desde a criação desta solução de utilização de uma viatura, e que, para além das empresas e dos trabalhadores independentes, tem vindo a conquistar o público em geral. Junto com a digitalização, permitem-se um conjunto de características que irão continuar a fazer crescer este modelo de utilização de veículos, permitindo ultrapassarem-se as ainda existentes condicionantes que a indústria automóvel continua a enfrentar, ao nível das viaturas novas”, conclui Anderson Miranda.
Informações adicionais poderão ser consultadas em www.rentingfinders.pt