Street Art Cities é a maior comunidade de street art do mundo e distingue, anualmente, os melhores projetos de street art à escala global. A plataforma destaca uma seleção de trabalhos que são depois votados por toda a comunidade.
A artista nascida em Lisboa, Jacqueline de Montaigne está nomeada com o seu mural “The language of Flowers” entre as 100 melhores obras de arte urbana do mundo desenvolvidas em 2022, pela pesquisa anual global da Street Art Cities.
Com artistas de arte urbana Portugueses como Vhils, Nuno Veigas e Bordalo II, a serem reconhecidos globalmente em contexto de arte urbana e em galerias de arte contemporânea de alto nível, começamos o ano com a honra de uma nomeação por uma plataforma de arte global, que em território nacional distinguiu apenas a portuguesa Jacqueline de Montaigne.
A artista vê desta forma o seu trabalho reconhecido entre os melhores do mundo, numa seleção que nomeia o top 100, em 92 cidades de 30 países. Sendo também a primeira artista feminina portuguesa a fazer parte do ranking.
Jacqueline de Montaigne, refere “ter o nosso trabalho reconhecido no panorama internacional é incrível. O mural em si tem vindo a mudar a minha carreira nos últimos 9 meses desde que foi criado, então esta é a verdadeira cereja no topo do bolo!”
A votação está aberta e acontecerá ao longo deste mês, até 31 de janeiro, através da app de download gratuito da Street Art Cities.
“The language of flowers” é um projeto de arte pública independente, que contou com a curadoria, produção e divulgação da plataforma artística Because Art Matters e com o apoio da GAU.
Gonçalo Magalhães, fundador Because Art Matters, acrescenta: “O projeto foi uma das experiências mais enriquecedoras para a Because Art Matters em 2022. Foi o projeto que lançou a Jacqueline oficialmente no nosso coletivo de artistas. É agora uma honra ver o mesmo distinguido entre os 100 melhores murais de arte urbana do mundo, acreditando também que existe um enorme potencial para que este projeto seja mesmo reconhecido como o melhor do mundo em 2022. “.
O projeto criado pela artista Jacqueline de Montaigne, consiste num mural de 14m de altura, situado no Largo Hintze Ribeiro, no centro de Lisboa, que na altura da sua inauguração contou também com uma exposição a solo da artista com obras relacionadas com o mural.
O mural foi desenvolvido com recurso ao uso monocromático de cores característico no trabalho da artista, bem como da sua técnica de douramento (aplicação de folha de ouro), processo considerado único no contexto global da arte urbana.
O mural é inspirado numa tradição milenar chamada Floriografia (a linguagem das flores), popular na época vitoriana, onde as flores eram usadas como uma forma de codificação para enviar mensagens que seriam restritas ou difíceis de falar em voz alta. Uma abordagem clássica num contexto moderno, que transportou a natureza para um cenário urbano, sob a forma deste mural com foco em 10 flores específicas usadas para passar uma mesma mensagem – a de um amor sem restrições.

SOBRE:
JACQUELINE DE MONTAIGNE é uma pintora, muralista e artista de paste-up, anglo-portuguesa, cuja arte figurativa dramática, infundida de natureza, pode ser encontrada em galerias internacionais e na proeminente cena de arte de rua da Europa, onde o uso de técnicas clássicas de douramento num contexto urbano se tornou a sua mais reconhecida imagem de marca.
Representada em coleções nacionais e internacionais, a artista conta com mais de 60 murais de grande escala, de âmbito público e privado. Podemos ver também o seu trabalho em iniciativas sociais na Bélgica, Canadá, Portugal, Espanha, Brasil, Paraguai, República Dominicana, México, Peru, Colômbia, Guatemala e Costa Rica.
O trabalho da artista é introspetivo e autobiográfico, onde a artista usa textos secundários, imagens e a identidade visual das suas figuras para explorar a nossa verdadeira natureza versus crenças impostas e expectativas sociais. A natureza também tem uma forte presença em toda a obra da artista, trazendo uma calma etérea onde a fauna e a flora escolhidas têm significados simbólicos onde a linguagem das flores é amplamente explorada.
Jacqueline vive em Cascais, onde mantém o seu trabalho de estúdio a tempo inteiro.
SOBRE:
“Because Art Matters” (também conhecido por BAM), assume-se no mercado como uma plataforma artística de natureza global, que nasce em Lisboa, com o objetivo de promover e amplificar sinergias entre artistas, amantes e colecionadores de Arte, através de exposições, venda de arte original, colaborações e uma galeria digital.
O projeto conta com um roaster de artistas talentosos e consagrados no panorama nacional e internacional, e cujo corpo de trabalho e esferas de influência, abrangem várias expressões da arte contemporânea – desde a arte urbana, ilustração, arte digital e as infinitas conexões entre estas.
A plataforma assume 2 papéis, o de intermediário entre artista e cliente e de prestador de serviços e dinamizador de projetos que exploram, desenvolvem e materializam o potencial criativo dos artistas com todos os stakeholders da BAM – desde marcas, consumidores ou comunidade.
SOBRE:
Street Art Cities é uma plataforma com projeção internacional direcionada à comunidade de amantes de arte urbana e com a missão ambiciosa de documentar toda a arte de rua existente no mundo. A plataforma digital permite aos exploradores urbanos, moradores da cidade, ocasionais visitantes encontrem essas obras de arte.
SOBRE:
A floriografia (linguagem das flores) é uma forma antiga de criptologia que usa flores como forma de comunicar mensagens que de outra forma seriam restritas ou difíceis de falar em voz alta. A floriografia foi registrada ao longo da história, sendo mais popular na Inglaterra vitoriana (1837-1901) e nos EUA durante o século 19, onde flores, plantas e arranjos florais específicos foram usados para enviar mensagens codificadas que a etiqueta vitoriana considerava inaceitável compartilhar abertamente. Munidos de dicionários florais, os vitorianos frequentemente trocavam pequenos “buquês falantes”, que podiam ser usados ou carregados como acessório de moda, mas, mais importante, para fazer uma declaração. O apelo desse tipo de comunicação permitia a capacidade de negar qualquer envolvimento. Quase todas as flores têm múltiplas associações listadas nas centenas de dicionários florais escritos desde o início de 1800 com detalhes sobre maneiras de decifrar a cor, a quantidade e o arranjo das flores – mas surgiu um consenso de significado para a maioria das flores, que geralmente vem de a aparência ou comportamento da própria planta. A floriografia ainda é usada na sociedade moderna, onde flores específicas são escolhidas e dadas para retratar sentimentos e simbolizar um status ou evento.
Outras informações
Street art Cities app (Android) https://play.google.com/store/apps/details?id=com.streetartcities.map&hl=en&gl=US&pli=1
Street art Cities app (Mac)
https://apps.apple.com/be/app/street-art-cities/id1161541872?l=nl
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