A Deloitte lidera, pelo oitavo ano consecutivo, o ranking de assessoria financeira de fusões e aquisições (M&A) no mercado português. A consultora foi o principal assessor com 22 transações registadas na Mergermarket, em 2023, reafirmando a sua liderança no mercado, também no ranking da Transactional Track Record (TTR). O valor agregado das operações supera os 2,5 mil milhões de Euros na média das duas plataformas. Em 70% das operações, uma das partes pertencia a outra geografia.
De acordo com António Júlio Jorge, Partner da Deloitte e Financial Advisory Leader, “este é o oitavo ano consecutivo em que a Deloitte lidera o mercado nacional de fusões e aquisições. Lideramos com operações em praticamente todos os setores de atividade, nacionais e cross border, do lado da compra e da venda. Este caminho é natural face à experiência sólida da nossa equipa de M&A, que tem um nível de especialização setorial sem paralelo no mercado”.
Desde 2016, a Deloitte concluiu 129 transações em Portugal, um valor acima de qualquer outro assessor financeiro.
Fusões, Aquisições e Oportunidades
Em 2023, verificou-se uma ligeira redução do número de operações de M&A no mercado português face ao ano anterior, tendo os setores mais dinâmicos sido o setor industrial e o de tecnologia, que representaram cerca de 60% do total de operações. O setor industrial foi, aliás, o único em que se verificou uma subida do número total de operações face a 2022, mas o crescimento poderá ser seguido pelos restantes setores em 2024, a avaliar pelas expectativas de muitos analistas e pelo comportamento exuberante do mercado de capitais nos últimos meses.
Segundo António Júlio Jorge, “o ano 2023 foi ainda marcado pela incerteza política e macroeconómica, em que a elevada inflação e a subida das taxas de juro tiveram grande impacto e adiaram decisões, sobretudo no primeiro semestre, o que foi uma continuação da situação verificada no segundo semestre de 2022. Mesmo assim, o número de operações assessoradas pela Deloitte cresceu mais de 15%, com forte representação de praticamente todos os setores”, diz.
No que respeita a tendências para o próximo ano, o mesmo responsável da Deloitte, acrescenta “para 2024, sentimos que o mercado deverá superar claramente os registos de 2023, pois o segundo semestre do ano passado foi muito mais dinâmico do que o primeiro, e vemos muitas entidades portuguesas a retomarem a atividade de M&A, bem como o aparecimento de novos agentes, nomeadamente fundos de private equity. A nível internacional, a dinâmica cada vez mais orientada para estratégias de transformação e criação de valor, lideradas por multinacionais e private equities, irão dinamizar o mercado e terão reflexo no mercado nacional, quer porque essas entidades também procurarão ativos portugueses, quer porque haverá um efeito de contágio e há espaço para crescimento desta atividade em Portugal”, acrescenta.