A Salesforce (NYSE: CRM), CRM de Inteligência Artificial (IA), acaba de apresentar o recente estudo de aplicabilidade e utilização da IA Generativa, o Generative AI Snapshot Research. Entre as principais conclusões, o estudo revela que os utilizadores de IA Generativa estão a tirar partido da tecnologia no local de trabalho sem formação, orientação ou autorização da entidade patronal, reconhecendo que esta inovação é capaz de ajudar a avançar nas suas próprias carreiras.
À medida que os indivíduos começam a utilizar a inteligência artificial generativa (IA), e as empresas começam a integrá-la nos seus fluxos de trabalho, as questões de governance e regulação passaram a ocupar o primeiro plano. Embora governos de todo o mundo tenham tomado medidas definitivas e coordenadas para mitigarem os riscos, e se tenham comprometido com a utilização responsável da IA.
Mais de um quarto (28%) dos profissionais utilizam atualmente IA generativa no trabalho, muitos dos quais o fazem-no sem a aprovação formal dos seus empregadores. Este valor tende a subir, pois 32% dos inquiridos indica que espera vir a usar IA generativa no trabalho em breve, levando as empresas a serem pressionadas para a adoção de políticas claras.
Embora mais de metade (55%) dos utilizadores da tecnologia no local de trabalho tenham-no feito com ferramentas de IA generativa não aprovadas, e 40% tenham utilizado ferramentas de IA generativa que a sua empresa proibiu totalmente, todos reconhecem que a utilização de programas aprovados pela empresa é a melhor forma de garantir o uso ético e seguro da IA generativa.
“Quanto mais a IA avança, mais fácil será para os trabalhadores e utilizadores comuns usá-la de uma forma que torne a sua função mais fácil, mais eficiente e mais gratificante”, explica Paula Goldman, Chief Ethical and Humane Use Officer da Salesforce. “Os líderes empresariais que usam intencionalmente as ferramentas de IA e que as permitem no local de trabalho, irão fornecer resultados mais confiáveis, seguros e responsáveis, sem sacrificar a inovação.”
Os utilizadores poderão estar envolvidos em atividades eticamente questionáveis no trabalho, ao usar IA generativa, como por exemplo, ao fazer passar os resultados fornecidos por IA como trabalho próprio ou inflacionando as suas competências.
- 64% já passaram trabalho de IA generativa como se fosse seu;
- 41% dos trabalhadores consideram inflacionar as suas competências de IA generativa para garantir uma oportunidade de trabalho.
Mas a responsabilidade não recai inteiramente sobre os profissionais – cerca de 7 em cada 10 trabalhadores a nível globais nunca concluíram ou receberam formação sobre como utilizar a IA generativa de forma segura e ética no trabalho.
- 69% dos trabalhadores nunca receberam ou concluíram formação em IA generativa;
- 71% dos trabalhadores nunca receberam ou concluíram formação em como usar a IA generativa de forma ética no local de trabalho;
- 69% dos trabalhadores nunca receberam ou concluíram formação em como usar IA generativa com segurança no local de trabalho.
Locais de trabalho têm políticas de IA Generativa ambíguas ou inexistentes
Os inquiridos no estudo indicam que falta formação e afirmam que as políticas de IA generativa das empresas onde trabalham não estão claramente definidas ou são inexistentes. Algumas indústrias ficam mais para trás do que outras – com 87% dos profissionais de saúde a nível global, por exemplo, a alegar que as suas empresas não possuem políticas claras. Com o elevado nível de dados pessoais e confidenciais que são trabalhados pelo setor, torna-se urgente capacitar os profissionais de saúde para uma utilização responsável.
Em termos gerais, quer utilizem ou não IA generativa no local de trabalho, os profissionais reconhecem o impacto da tecnologia nas suas carreiras – quase metade (47%) acredita que dominar a IA generativa pode torná-los mais procurados no local de trabalho, mais de metade (51%) acredita que resultaria numa maior satisfação no trabalho, e 44% afirma que poderiam receber mais do que os que não dominam a tecnologia.
Metodologia
A Salesforce conduziu uma pesquisa online duplamente anónima em parceria com a YouGov de 18 a 31 de outubro de 2023. O estudo incluiu mais de 14.000 funcionários a tempo integral representando empresas de diversas dimensões e setores em 14 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Holanda, Suíça, países nórdicos, Índia, Japão, Brasil, México e Emirados Árabes Unidos.