Os últimos dados da Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro deixam claro que o fardo desta doença continua a aumentar. Não só tem sido maior o número de casos, como também tem aumentado o de mortes, com uma em cada cinco pessoas em todo o mundo a desenvolver a doença ao longo da sua vida e um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres a morrer na sequência da mesma. Dados que não deixam indiferentes os jovens europeus, especialmente os portugueses, confirma a 2ª vaga de um inquérito feito pela Merck em 12 países da Europa junto da Geração Z e Millennials, que quis perceber o que move estas gerações.
Quando questionados sobre os desafios que gostariam que as suas gerações resolvessem, a cura para o cancro destaca-se no segundo lugar das prioridades nacionais, eleita por mais de metade dos jovens portugueses (55,4%), um valor acima da média europeia (53,4%), logo a seguir à questão das alterações climáticas, cujo impacto gostariam de conseguir reverter (59,8%).
A preocupação com o cancro é partilhada também pelos jovens britânicos da Geração Z e Millennials, com 43% a referirem que, se pudessem viajar no tempo, o principal problema mundial que iriam resolver seria o cancro, e 58% a afirmarem que gostariam que as próximas gerações encontrassem uma cura para esta doença. O mesmo se passa na Alemanha, com metade dos jovens inquiridos deste país (55%) a elegerem também o cancro como prioridade, e na Grécia, onde seis em cada 10 jovens destas gerações (58%) consideram o cancro como o desafio mais importante a eliminar.
A preocupação com o ambiente é, no entanto, o desafio mais importante para os portugueses, preocupados com o impacto das alterações climáticas, cujos efeitos quase 60% gostariam de conseguir reverter. Dados que nos tornam mesmo, no conjunto dos países inquiridos, aqueles que mais se preocupam com este tema, logo seguidos dos italianos (59,2%) e dos suíços (59,1%).
Mas o inquérito feito pela Merck revela ainda que os Millennials e Gen Z portugueses estão bem cientes do saldo negativo entre as horas passadas no trabalho face às de casa, ou seja, que são muitas mais as que a profissão consome do que aquelas destinadas à vida pessoal. São, de resto, aqueles que mais importância dão a este tema, confirmando a conquista deste equilíbrio como um desejo partilhado pela maioria.
De facto, no mundo que gostariam de ver para as próximas gerações, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional lidera, com 66,6% das preferências dos jovens portugueses. O desejo que a saúde emocional que tivesse igual importância que a saúde física, destaca-se em segundo lugar (55,3%) nos desejos de um mundo melhor, ligeiramente à frente das preocupações ambientais, como a sustentabilidade e o respeito pelo ambiente (51,9%), ou ainda da plena aceitação da diversidade, equidade e inclusão (40,5%).
Mas nesta 2ª vaga de perguntas, há mais dados a partilhar. Quando questionados sobre quais as prioridades caso fosse CEOs de uma empresa, os jovens portugueses da Geração Z e Millennials destacam a criação de programas para melhorar a saúde física e emocional dos trabalhadores (78,4%). Uma preocupação que nos coloca na liderança da Europa, em que a média é de 74,7%, e que surge à frente de outras questões, como a sustentabilidade e proteção ambiental (54,7%) ou o investimento na inovação (53,3%).
As conclusões gerais deste trabalho estiveram em debate na Escola Superior de Comunicação Social hoje, dia 17 de novembro, num evento que contou com a perspetiva de um aluno, psicólogo, professor e representante da Microsoft.
Inquérito Merck sobre a saúde emocional da Geração Z e Millennials: O que move os jovens europeus?
O inquérito europeu tem como tópicos a saúde emocional e física, sustentabilidade, inovação e futuro e foi realizado junto das Gerações Z (19-25 anos) e Millennials (26-36 anos) de 12 países europeus, incluindo Portugal.
Foram analisados Itália (com 623 respostas), Países Baixos (639 respostas) Polónia (641 respostas), Portugal (643 respostas), Suíça (607 respostas), Reino Unido (598 respostas), Alemanha (627 respostas), Bélgica (622 respostas), Dinamarca (622 respostas), Espanha (504 respostas), França (630 respostas) e Grécia (639 respostas).