- Antonio Brufau, Presidente da Repsol, visitou as instalações da refinaria de Cartagena, onde arrancaram os trabalhos de construção da primeira fábrica de biocombustíveis avançados de Espanha. Durante a visita, Brufau foi acompanhado por Antonio Mestre, Diretor do complexo. A visita contou também com a presença do Presidente da Comunidade Autónoma da Região de Murcia, Fernando López Miras, do Delegado regional do Governo da região, José Vélez, e de Noelia Arroyo, Presidente da Câmara de Cartagena.
- Repsol vai investir um total de 200 milhões de euros neste projeto, que terá a capacidade para produzir 250.000 toneladas por ano de biocombustíveis avançados, biodiesel, biojet, bionafta e biopropano, para utilização em aviões, camiões ou carros, que permitirão uma redução de 900.000 toneladas de CO2 por ano.
– As novas instalações entrarão em funcionamento no primeiro semestre de 2023, e fazem parte do processo de transformação que a Repsol implementou nos seus complexos industriais para descarbonizar os processos de fabrico de produtos essenciais com uma pegada de carbono baixa, zero ou mesmo negativa.
– Com este acordo, as empresas avançam no compromisso de transição energética que tem como objetivo alcançar a neutralidade carbónica.
– O projeto utiliza a economia circular, um dos pilares estratégicos da Repsol para alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
– De acordo com Antonio Brufau: “Com este projeto, Cartagena consolida-se como um centro de distribuição de produtos essenciais para o presente e o futuro, e como um exemplo do compromisso da Repsol para a mobilidade sustentável”.
O Presidente da Repsol, Antonio Brufau, assistiu esta segunda-feira à apresentação do arranque das obras de construção da primeira fábrica de biocombustíveis avançados em Espanha, no complexo da Repsol, em Cartagena. No evento, foi acompanhado pelo Diretor do complexo industrial, Antonio Mestre, e pelo Presidente da Comunidade Autónoma da Região de Múrcia, Fernando López Miras, pelo Delegado do Governo nacional na Região de Múrcia, José Vélez, pela Presidente da Câmara de Cartagena, Noelia Arroyo, e outros representantes das autoridades regionais e locais e entidades empresariais. Depois de serem conhecidos os pormenores do projeto, os representantes entraram no complexo para visitar a zona onde será instalada a fábrica de hidrotratamento.
A Repsol, em linha com o seu compromisso de se tornar uma empresa com zero emissões líquidas até 2050, irá investir 200 milhões de euros neste projeto, que permitirá fornecer 250.000 toneladas por ano de biocombustíveis avançados, tais como biodiesel, biojet, bionafta e biopropano, para serem utilizados em aviões, camiões ou carros, sem necessidade de alterar os motores existentes. Estes biocombustíveis serão produzidos a partir de resíduos e permitirão uma redução de 900.000 toneladas de CO2 por ano.
Antonio Brufau, Presidente da Repsol, assegura que “Com este projeto, Cartagena vai consolidar-se como centro de distribuição de produtos essenciais para o presente e o futuro, e como um exemplo do compromisso da Repsol com a mobilidade sustentável”. O responsável salientou a importância do compromisso com a neutralidade tecnológica para se poder avançar no objetivo de alcançar as zero emissões líquidas até 2050. Apelou às administrações públicas que criem “uma regulamentação facilitadora, flexível e não exclusiva”, que permita o desenvolvimento de projetos futuros, uma vez que só assim “estaremos a proteger a nossa economia, indústria e emprego”.
Por sua vez, o Presidente do Governo Regional, Fernando López Miras, afirmou que “a Repsol representa o compromisso com o progresso, desenvolvimento e sustentabilidade. Cartagena e a Repsol têm crescido de mãos dadas, até um ponto em que deixa de ser possível compreender o desenvolvimento da Escombreras, e da sua conversão num hub multienergético, sem falar da Repsol. E agora, acrescentamos a boa notícia desta construção da primeira fábrica em Espanha de produção avançada de biocombustíveis, uma fábrica de vanguarda que é um exemplo magnífico da designada economia circular”.
Relativamente ao projeto, o Diretor do complexo da Repsol em Cartagena, Antonio Mestre, salientou que a nova fábrica “é um exemplo tangível de economia circular, que nos permitirá oferecer soluções de mobilidade sustentável a todos os setores da sociedade, e é um passo muito importante na transformação do complexo industrial num hub multienergético”.
Economia circular, um pilar estratégico para a descarbonização do transporte
A Repsol tem vindo a incorporar biocombustíveis nos seus combustíveis automóveis há mais de duas décadas. A empresa dá agora mais um passo, tendo por base a economia circular, com a produção de biocombustíveis avançados a partir de diferentes tipos de resíduos da indústria agroalimentar e outros, como por exemplo óleos alimentares usados. Assim, a Repsol conseguirá dar uma segunda vida aos resíduos que de outra forma acabariam num aterro, transformando-os em produtos com elevado valor acrescentado.
Estes biocombustíveis avançados são uma solução sustentável para todos os segmentos de mobilidade, especialmente os que não têm alternativas atuais de descarbonização, tais como o transporte marítimo, de longa distância, ou aéreo. Estes biocombustíveis permitirão uma redução de emissões de CO2 entre 65% a 85%, comparando com os combustíveis tradicionais que representam.
A Repsol tem na economia circular um dos seus pilares estratégicos, para fabricar produtos com uma pegada de carbono baixa, zero ou mesmo negativa. O objetivo da Repsol é utilizar três milhões de toneladas de resíduos por ano, para produzir dois milhões de toneladas de combustíveis com baixo teor de carbono até 2030, o que permitirá evitar mais de sete milhões de emissões de toneladas de CO2 por ano.
240 empresas auxiliares e 1.000 pessoas estarão envolvidas nos trabalhos de construção
A expansão das instalações do complexo de Cartagena vai permitir a construção da nova fábrica de biocombustíveis avançados, equipada com tecnologia de ponta e vai gerar cerca de 1.000 postos de trabalho em diferentes fases do projeto e o envolvimento de 240 empresas auxiliares, das quais 21% serão locais, 25% regionais, 42% nacionais e 12% internacionais.
Atualmente, mais de 25 empresas e cerca de 300 pessoas já estão a trabalhar dentro do complexo, o que aumentará para uma média de 600 colaboradores, e espera-se que o pico seja atingido no próximo outono com cerca de 800 trabalhadores diretos e indiretos.
Desde que o projeto foi lançado, a Repsol investiu mais de 72 milhões de euros em trabalhos preliminares de engenharia, serviços de equipamento e mão-de-obra auxiliar.
Complexo de Cartagena, uma referência na Europa
O complexo de Cartagena é um dos principais motores económicos e geradores de emprego na região de Múrcia. Cerca de 900 colaboradores qualificados trabalham no complexo industrial em cargos altamente especializados. Além do emprego direto, o complexo gera cerca de 400 postos de trabalho através de prestadores numa base recorrente, elevando para 2.000 colaboradores em projetos específicos.
A Repsol investiu mais de 456 milhões de euros no Complexo Industrial de Cartagena nos últimos de anos. A este valor, deve ser somado o projeto para expandir o complexo, inaugurado em 2012 por Sua Majestade, o Rei Felipe VI, então Príncipe Herdeiro, e que representou o maior investimento industrial feito em Espanha, avaliado em 3,2 mil milhões de euros e que colocou o complexo na vanguarda tecnológica no setor. Atualmente, o complexo de Cartagena é uma referência industrial e está entre as unidades mais eficientes na Europa.
A instalação industrial de Cartagena enfrenta atualmente uma transformação que vai envolver uma evolução dos seus processos para se tornar um hub multienergetico capaz de produzir uma multiplicidade de produtos com pegada de carbono baixa, zero ou mesmo negativa. Para isso, a Repsol vai aplicar todas as tecnologias disponíveis, como hidrogénio renovável, economia circular, uso e captura de CO2 e contará com ferramentas adicionais, incluindo digitalização e eficiência energética. Em 2021, durante os trabalhos de manutenção das unidades de lubrificantes e a última paragem programada realizada nas áreas de conversão e hidrotratamento, a Repsol investiu 31 milhões de euros em projetos para melhorar a eficiência energética das suas unidades em Cartagena.
Intensificar a transição energética
As instituições da UE já delinearam um roteiro através de uma nova diretiva que estabelece que, no setor dos transportes, a quota das energias renováveis no consumo final de energia deve ser de, pelo menos, 14% até 2030. Dessa percentagem, até esse ano, pelo menos 3,5% devem ser biocombustíveis avançados. Além disso, em julho de 2021, a Comissão Europeia publicou um novo pacote legislativo que propõe aumentar o nível de ambição das reduções de CO2 em 2030 e alinhá-lo com o objetivo de alcançar a neutralidade climática em 2050. Este pacote, denominado Fit for 55, porque promove a redução das emissões de CO2 na economia europeia para atingir 55% até 2030, centra-se na necessidade de aumentar a velocidade da descarbonização do setor dos transportes. Entre outras medidas, inclui a iniciativa Re-fuelEU Aviation, que visa aumentar a oferta e procura de combustíveis de aviação sustentáveis na União Europeia – incluindo biocombustíveis e biocombustíveis avançados atingindo uma utilização de 2% em 2025, 5% em 2030 e 63% em 2050.
A Repsol está totalmente alinhada com as iniciativas e apoia a obtenção destes objetivos com a construção da primeira fábrica avançada de biocombustíveis na Península Ibérica e com vários outros projetos que tem em curso. Especificamente, a empresa multienergética processou óleo pela primeira vez no seu complexo industrial da Corunha para produzir biodiesel, e nos seus complexos em Puertollano, Tarragona, e Bilbao, produziu lotes de biojet que permitiram a realização dos primeiros voos com biocombustível produzido na Península Ibérica a partir de resíduos, juntamente com a Iberia e a Vueling. Desta forma, a Repsol está a antecipar o quadro regulamentar e a fazer um progresso decisivo no seu objetivo de se tornar uma empresa neutra em carbono e a oferecer combustíveis sustentáveis a setores difíceis de descarbonizar, tais como a aviação, o transporte de longa distância e o transporte marítimo.