A Opel está a tornar-se uma marca puramente elétrica. Até 2028, o fabricante de automóveis sediado em Rüsselsheim terá feito a transição de toda a sua gama de produtos para motores puramente elétricos. Presentemente, a Opel já oferece uma abrangente seleção de modelos eletrificados, podendo os clientes encomendar doze variantes eletrificadas – desde o pequeno Opel Rocks-e até ao grande furgão de transporte Movano-e. Uma nova proposta elétrica a bateria seguir-se-á até meados da década na nova interpretação do Opel Manta. Também os sucessores do Opel Crossland e do Opel Insignia serão elétricos e, portanto, livres de emissões.
“A Opel está num caminho consistente para se tornar elétrica e num tempo recorde. Estamos, portanto, a dar um importante contributo para a redução do CO2. E não vamos parar com a conversão da nossa gama de produtos: em conjunto com os nossos parceiros, vamos fabricar as nossas próprias baterias de elevada performance em Kaiserslautern, já em 2025. Além disso, está a ser construído um novo ‘campus’ de recursos ecológicos na nossa sede em Rüsselsheim”, afirmou o CEO da Opel, Uwe Hochgeschurtz, explicando a estratégia da marca.
O objetivo final da Opel é oferecer veículos elétricos que vão ao encontro, na perfeição, às exigências dos clientes: no futuro, isto inclui autonomias de condução entre os 500 e os 800 quilómetros e uma capacidade de carregamento rápido de 32 quilómetros por minuto.
Os clientes da Opel já têm acesso a uma vasta gama de modelos eletrificados. Todos os veículos comerciais ligeiros da Opel já oferecem uma opção sem emissões. Os Opel Combo-e, Vivaro-e e Movano-e são elétricos a bateria, enquanto o Vivaro-e HYDROGEN[1] oferece uma opção com tecnologia fuel cell (pilhas de combustível). Na vertente dos automóveis de passageiros, os Opel Corsa-e e Mokka-e – vencedores do cobiçado troféu alemão ‘Goldenes Lenkrad’ (‘Volante de Ouro’) em 2020 e 2021 – há muito que avançaram para o patamar dos best-sellers. Na Alemanha, a quota de mercado das variantes elétricas destes modelos já representa mais de 25% de todas as vendas. O novo Opel Grandland e a nova geração do Opel Astra estão ambos disponíveis como híbridos plug-in. Seguir-se-á, no próximo ano, o Astra-e elétrico a bateria, com uma variante de cinco portas e outra Sports Tourer. A oferta de veículos elétricos sem emissões é rematada pelo Opel Rocks-e1, um veículo elétrico urbano que na maioria dos países europeus pode ser conduzido por jovens a partir dos 15 anos[2].
[1] Modelo não comercializado em Portugal
[2] Em Portugal por maiores de 16 anos, com carta da categoria “AM”
Doze modelos Opel eletrificados já disponíveis em 2022:
Quadriciclos ligeiros | Automóveis de Passageiros | Veículos Comerciais Ligeiros |
Opel Rocks-e1 | Opel Corsa-e | Opel Combo-e |
| Opel Mokka-e | Opel Vivaro-e |
| Opel Combo-e Life | Opel Vivaro-e HYDROGEN1 |
| Opel Astra plug-in hybrid | Opel Movano-e |
| Opel Astra Sports Tourer plug-in hybrid |
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| Opel Grandland plug-in hybrid |
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| Opel Zafira-e Life |
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O regresso do Opel Manta: Nova interpretação com alma elétrica
Em meados da presente década, a Opel vai reinventar o Manta como automóvel puramente elétrico. Um Manta, adequado aos tempos modernos, sem emissões e versátil, numa proposta por que os fãs anseiam.
“O novo Opel Manta voltará a ser um automóvel altamente emocional. Com energia elétrica que garante uma aceleração de primeira água. O nosso Manta vai, mais uma vez, defender o conceito de puro prazer de condução. Vamos construir uma fascinante e espantosamente espaçosa nova interpretação”, referiu Hochgeschurtz.
Produção arranca em 2025: Giga-fábrica em Kaiserslautern
Em conjunto com os parceiros Total/Saft, a Stellantis e a Opel fundaram a “Automotive Cells Company” (ACC). Há alguns meses, a Mercedes-Benz juntou-se a esta joint-venture. Com esta parceria, as partes estão a criar um player de classe mundial no campo do desenvolvimento e produção de baterias de elevada performance para a indústria automóvel. Para além disso, os parceiros anunciaram que iriam aumentar a capacidade industrial da ACC em Kaiserslautern para um máximo de 32 GWh. Isto representa uma verdadeira giga-fábrica para a produção de pilhas de bateria modernas com base em Kaiserslautern, local de tradição para a produção de componentes e motores.
Marca com o Blitz: Pioneira da mobilidade elétrica
A Opel estava, de facto, à frente do seu tempo no que diz respeito ao lançamento no mercado de automóveis elétricos perfeitamente adequados para o quotidiano. Já em 2012, um júri internacional de especialistas elegeu o Opel Ampera como “European Car of the Year” (COTY). O Ampera era um pseudo coupé de quatro lugares com um chamado extensor de autonomia. Tal como acontece com os híbridos plug-in do presente, a sua bateria era carregada externamente. Em condução, um motor de combustão combinado com um gerador de 54 kW fornecia sempre um volume de eletricidade suficiente. O Ampera já então podia percorrer um máximo de 80 quilómetros em modo puramente electrico, mas com o suporte do extensor de autonomia, essa distância cresceu para cerca de 500 quilómetros.
Seguiu-se, em 2016, um modelo compacto puramente elétrico, o Opel Ampera-e, um automóvel que, de uma só vez, pôs um ponto final à ansiedade. Uma única carga da sua bateria de iões de lítio de 60 kWh permitia-lhe cobrir uma distância máxima de 520 quilómetros (de acordo com a regulamentação NEDC), o que neste momento representa cerca de 30 por cento mais do que o concorrente mais próximo do seu segmento. Além disso, este automóvel elétrico garantia uma potência de 150 kW / 204 cv e acelerava dos 0 aos 50 km/h em apenas 3,2 segundos, valores comparáveis a um modelo desportivo. Para além de vívido, o Ampera-e de 4,16 metros de comprimento impressionava com o muito espaço, permitindo acomodar até cinco ocupantes.
Os Opel Ampera e Ampera-e mostraram-se especialmente populares na Holanda e na Noruega, mercados que, na época, já davam apoio à compra de viaturas elétricas. Mais recentemente, com a introdução do Opel Corsa-e, a Opel tornou mais acessível a mobilidade elétrica em toda a Europa.