A Casa de Margaride, tal como parte da quinta, está classificada como monumento de interesse público, tendo em consideração o seu valor estético, elaboração arquitetónica e paisagística.
Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), são poucos os jardins privados que albergam ambas as classificações, tornando o jardim da Quinta de Margaride um ótimo exemplar de elevado “valor estético e biológico” e “de interesse botânico, histórico, paisagístico e artístico”, uma vez que em 2012 a casa foi classificada monumento de interesse público e, em janeiro de 2022, o conjunto arbóreo como interesse público.
O despacho, assinado pelo presidente do ICNF, Nuno Banza, afirma que o arvoredo dispõe de um “bom estado vegetativo e sanitário”, não apresentando “sinais de pouca resistência estrutural ou risco sério para a segurança de pessoas e de bens”. Para além disso, “não se encontra sujeito ao cumprimento de medidas fitossanitárias que recomendem a sua eliminação ou destruição obrigatórias”. Estando, portanto, dentro dos parâmetros para a classificação de interesse público.
A idade também é um fator crucial a ter em conta, uma vez que a informação existente relativa ao conjunto arbóreo data do final do século XVII. Lê-se no despacho que a sua forma atual “permite confirmar que se trata de arvoredo centenário, cumprindo-se o parâmetro de apreciação longevidade”.
Publicado a 20 de janeiro, o despacho evidencia a “raridade” e o “elevado interesse botânico” pela presença de cultivares antigos de Camellia Japonica, salientando a “Alba Plena”, “Variegata” e “Pompone”, provenientes do extremo oriente. As “Elegans” e “Lavinia Maggi”, nativas da Europa no século XIX, e a portuguesa “Augusto Leal Gouveia Pinto”, registada em 1889, também merecem destaque. Apela à raridade da presença das três cultivares mais antigas documentadas na Europa (“Alba Plena”, “Variegata” e “Pompone”) enquanto conjunto nos jardins portuguesas, já que as cultivares “Variegata” e “Pompone”, que têm registo de entrada em Inglaterra em 1789, rapidamente foram ignoradas pela imensa variedade de outras novas cultivares criadas na primeira metade do século XIX.
Villa Margaridi
Villa Margaridi, tal como é referida na documentação medieval, faz história desde o século X, mantendo-se erguida no centro da cidade de Guimarães. Para além de marco histórico no berço de Portugal, a casa também oferece um vasto leque de casas turísticas: Chauffeur’s Lodge, Rosinha’s Lodge, Maximino’s Lodge e o Pinto’s Lodge. Aqui dá-se a comunhão da sobriedade e do requinte, alinhando-se a uma experiência única na casa milenar de Margaride.
No turismo de habitação de Villa Margaridi está disposto uma piscina exterior, tal como acesso ao Wi-Fi gratuito e estacionamento grátis a todos os hóspedes. Para além disso, todas as unidades turísticas incluem várias áreas de lazer e necessárias ao conforto dos hóspedes, tal como um pátio, área de refeições e área de estar. Os visitantes podem ainda usufruir de um centro de spa, de ciclismo nas proximidades e aproveitar ao máximo o jardim que se destaca pela sua soberania.
A Villa Margaridi, teve a sua primeira senhora no século X, pertença da condessa Mumadona Dias. Durante um século não habitou nenhum dos donos na casa de Margaride. Porém, em 1890, o 2º conde de Margaride mudou-se para a habitação. Grandes obras foram realizadas na altura e, atualmente, é uma quinta que dá lar a muita história, mas também a beleza e interesse orgânico inédito.