Não há dúvidas que estamos perante uma revolução sem precedentes no mundo do trabalho. A pandemia veio acelerar muito daquilo que já se previa: a adoção em massa do teletrabalho e a transformação das prioridades dos profissionais. 2021 foi um ano de transição – onde algumas tendências se instalaram e outras desapareceram por completo. Em 2022 será o momento em que se confirmarão algumas destas intuições ou, por outro lado, em que veremos organizações a voltar às regras de jogo pré-pandemia. Esta é uma das conclusões do mais recente IDEAS LLYC “Tendências Talento 2022”, onde a LLYC enumera algumas das tendências que irão marcar a comunicação com o talento este ano.
Porque não mudou apenas o quando e onde se trabalha mas também o como e porque se trabalha para uma organização – porque isto depende cada vez menos da própria empresa e mais das pessoas que formam parte dela.
Marlene Gaspar, Diretora Sénior de Engagement e Deep Digital Business na LLYC, salienta a propósito deste estudo que, “quando se trata de talento, as empresas têm dedicado muito tempo a debater questões que já não são tão relevantes. “Teletrabalho sim, teletrabalho não” é uma discussão do passado. Estamos num contexto que torna essencial repensar e reforçar a cultura empresarial, a fim de aumentar a ligação e o engagement com propósito com os profissionais”.
Fique a conhecer as 9 tendências que, segundo a LLYC, irão marcar a comunicação e gestão do talento em 2022:
#1. Do formato híbrido à autonomia: O novo modelo de trabalho irá exigir às empresas formas mais assíncronas de comunicar e trabalhar com as equipas – o “real time” perde relevância e cai a ditadura da reunião presencial ou online porque o foco está na conveniência.
#2. Desconectar para conectar: O tempo converteu-se no elemento imprescindível das políticas de bem-estar das empresas – os colaboradores estão “fatigados tecnologicamente” e exigem um tempo de verdadeira desconexão digital.
#3. O terceiro espaço: Além de casa e do escritório, estão a surgir novos espaços de proximidade, conveniência e sociabilização de equipas que respondem a necessidades imediatas dos colaboradores mais dinâmicos.
#4. Workcation: Trabalhar e estar de férias é cada vez mais possível para quem quer conciliar o trabalho à distância, fora da sua residência habitual, ao mesmo tempo que desfruta de horas de lazer nas pausas e horas livres.
#5. Rituais para a “destribalização”: Se a pandemia transformou a empresa numa “tribo de pequenas tribos”, no pós-pandemia será necessário criar novos rituais além do tradicional team building, que permitam fomentar com naturalidade as relações interpessoais.
#6. Da grande fuga (de talento) à reformulação cultural: É cada vez mais difícil reter os talentos e estamos num verdadeiro momento de viragem – é preferível aumentar o vínculo e o engagement dos profissionais do que apostar em evitar uma saída.
#7. Mentalidade pull: A estratégia de recrutamento está a mudar por completo e o inbound recruiting põe o foco no potencial candidato e não no empregador – as empresas passam de uma mentalidade “push” para com os seus potenciais talentos a uma estratégia “pull”.
#8. Recrutamento pelo que saberás (no futuro): Num contexto de grande rotatividade, as empresas procuram cada vez mais perfis que sejam capazes de gerir e resolver um grande volume de problemas e de imprevistos e de se moverem em ambientes de mudança constante.
#9. Total Experience: A experiência do cliente, a experiência do colaborador, a experiência do utilizador e a multi-experiência combinam-se para criar um ecossistema de experiência completo dentro e fora das organizações – bem-vindos à Total Experience.