A primeira das duas corridas do E-Prix de Valencia (Espanha) foi particularmente frustrante para a DS Automobiles e a sua parceira TECHEETAH. Dominador da que foi a quinta ronda do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E, o Campeão em título António Félix da Costa ficou privado de uma vitória que esteve sempre ao seu alcance.
“É obviamente uma grande desilusão para nós porque os nossos carros mostraram-se muito eficientes”, comentou Thomas Chevaucher, o novo Diretor da DS Performance. “O António foi muito rápido na Qualificação e muito eficiente na Corrida. Este resultado não reflete a nossa força, sendo resultado de um mal-entendido entre o Diretor de Prova e os estrategas da equipa. Claro que o Diretor de Prova tem a opção de reduzir o volume de energia após uma neutralização com um Safety Car, mas não é uma obrigação. Eles esperavam que ‘perdêssemos tempo’ de modo voluntário antes de cruzarmos a linha de meta, sendo que do nosso lado, não esperávamos esta inapropriada retirada de energia. Este mal-entendido conduziu a esta situação lamentável. Não houve problemas técnicos, numa situação que, infelizmente, é puramente regulamentar. É, também, consequência da utilização de um circuito fora do comum para a Fórmula E, confirmando que os traçados citadinos são a essência da disciplina. Vamos agora concentrar-nos na corrida de amanhã!”
Partindo da ‘pole-position’, António Félix da Costa saiu na frente do pelotão, num arranque feito atrás do Safety Car, em resultado da chuva que se abateu sobre o circuito poucos minutos antes da partida. Apesar das várias neutralizações, que o privavam do avanço que conseguira acumular, o piloto português nunca deixaria de liderar a corrida. Só que as várias alterações feitas pela Direção de Prova, em termos do volume de energia atribuída, viriam a surpreender grande parte dos pilotos, incluindo o líder da corrida. Forçado a completar a última volta a um ritmo reduzido, Félix da Costa teria de se contentar com um 7º lugar… antes de se ver desclassificado por exceder a quota de energia permitida. “Este não é, obviamente, o tipo de final que um fã de desportos motorizados quer ver, independentemente do nome do vencedor”, lamentou António Félix da Costa. “Admito que sofri um duro golpe, difícil de engolir. Foi um dia perfeito. Seja em pista seca ou à chuva, conseguimos alcançar tudo na perfeição antes de iniciarmos esta última volta, pelo que sim, dói muito. Mas amanhã é mais um dia e teremos nova oportunidade de marcar pontos. É esse o objetivo.”
Ocupando o 12º lugar na grelha de partida, Jean-Éric Vergne viria a terminar esta corrida de 45 minutos mais uma volta na 9ª posição. “Que reviravolta esta de hoje”, comentou o piloto francês. “O dia não começou como era esperado, mas nunca desistimos. Apesar de a corrida estar repleta de reviravoltas, consegui terminá-la no 9º lugar. Mal posso esperar para estar ao volante do meu monolugar amanhã, sendo que tenciono acabar nos pontos.”
Uma coisa é certa: o nível de performance do novo DS E-TENSE FE21 não deixou quaisquer dúvidas no circuito Ricardo Tormo e só este intrincado final de corrida privou a equipa DS TECHEETAH de uma segunda vitória este ano. “Obviamente não terminou como imaginávamos”, sublinhou Mark Preston, Diretor de Equipa da DS TECHEETAH. “O António fez uma grande corrida a partir da pole-position, mas ficámos surpreendidos com a forte redução de energia imposta após a última neutralização do Safery Car. Tivemos de abrandar muito para terminar a corrida. No entanto, marcámos os 3 pontos da pole-position do António e os 2 pontos do 9º lugar do JEV. Sabemos que todos os pontos contam neste campeonato, mas é obviamente dececionante quando sabemos que hoje poderíamos ter alcançado uma boa pontuação.”
Sendo este E-Prix de Valencia uma jornada dupla, os pilotos du Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E irão voltar ao traçado desenhado no Circuito Ricardo Tormo já amanhã (domingo). A partida da Corrida 2, sexta prova desta Temporada 7, será dada às 13h00 (hora de Portugal Continental).